Trump reconhece Jerusalém como capital de Israel e ordena transferência de embaixada americana
- Junior Romão

- 7 de dez. de 2017
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Decisão é considerada polêmica, uma vez que os palestinos querem Jerusalém Oriental como capital de seu futuro Estado. Israel considera Jerusalém sua capital eterna e indivisível.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (6) que reconhece Jerusalém como capital de Israel e que pediu ao Departamento de Estado que inicie o processo de transferir para lá a embaixada americana atualmente instalada em Tel Aviv.

O anúncio foi feito um dia após diversos apelos da comunidade internacional para que a decisão não fosse tomada. O reconhecimento da cidade como capital é considerado polêmico, uma vez que os palestinos querem Jerusalém Oriental como capital de seu futuro Estado, e a comunidade internacional não reconhece a reivindicação israelense sobre a cidade como um todo. Entenda.
"Meu anúncio marca o começo de uma nova abordagem no conflito entre Israel e palestinos", anunciou Trump no início de seu discurso feito na Casa Branca.
"Hoje finalmente reconhecemos o óbvio: que Jerusalém é a capital de Israel", disse Trump. "Isso é nada mais nada menos do que o reconhecimento da realidade. Também é a coisa certa a fazer. É algo que tem que ser feito".
"Com o anúncio reafirmo o comprometimento da minha administração com um futuro de paz", disse o presidente.
Trump afirmou que os EUA estão "profundamente comprometidos" em facilitar um "acordo de paz aceitável" tanto para israelenses como para palestinos e em apoiar uma solução de dois Estados no Oriente Médio, caso os dois lados queiram isso.
Para o presidente americano, Jerusalém deve continuar sendo o lugar sagrado e local de culto de judeus, muçulmanos e cristãos. Trump também disse que o dia pede "calma, vozes de moderação", para que a ordem prevaleça sobre o ódio.
Ele disse que o vice-presidente Mike Pence irá ao Oriente Médio nos próximos dias.

Reações
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu reagiu dizendo que o anúncio é uma "decisão valente e justa" e um "marco histórico". O premiê afirmou que qualquer acordo de paz com os palestinos deve incluir Jerusalém como a capital de Israel e pediu que outros países sigam os EUA na decisão de transferir suas embaixadas a Jerusalém.
Veja a repercussão do anúncio feito por Trump.
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, disse que Trump "violou todas as resoluções e acordos internacionais" e que os EUA perderam seu papel de mediador na construção da paz. Também afirmou que Jerusalém é "a eterna capital do Estado da Palestina".
Países como França, Turquia, Egito, Jordânia e Irã rejeitaram a decisão de Trump.
O secretátio-geral da ONU, Antonio Guterres, disse que vai apoiar que israelenses e palestinos retomem as negociações. "Não há alternativa à solução de dois Estados, não há plano B", disse.
'Consequências perigosas'
Trump passou o dia de terça-feira (4) telefonando para vários lideres árabes para dizer que tinha a intenção de transferir a embaixada americana em Israel a Jerusalém.



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