O especialista em casos perdidos
- Junior Romão

- 26 de fev. de 2018
- 3 min de leitura
Nas mais diversas áreas da vida humana, encontramos os fatídicos “casos perdidos”
“Caso perdido” é a expressão comumente usada em nosso país para designar aquilo que não tem solução humana possível, ou que foge aos nossos meios de reparação ou recuperação. Nas mais diversas áreas da vida humana encontram os fatídicos “casos perdidos”, sejam eles física, mental, moral, social ou espiritualmente perdidos.

Em todas as esferas da vida sempre existe aquele especialista que no final do processo de recuperação determina se o caso é ou não um “caso perdido”. Há aqueles que se tornam especialistas em casos perdidos no conceito da maioria dos outros especialistas. Um exemplo notório na medicina brasileira é o cirurgião plástico Ivo Pitanguy, que tem sido a referência de esperança naqueles casos em que a maioria dos cirurgiões plásticos declararia: “É caso perdido!”.
Dotado de impressionante capacidade técnica, esse cirurgião plástico brasileiro tem restaurado a expressão física de milhares de pessoas que tiveram seus corpos mutilados ou lesados por acidentes, queimaduras e tantas outras causas, não apenas no Brasil, mas também ao redor do mundo, a ponto de alguns apontarem dr. Ivo Pitanguy como um especialista em casos perdidos.
Contudo, nem todos os casos perdidos estão na medicina. A Palavra de Deus no livro de Lucas registra um outro tipo de caso humanamente perdido, conforme podemos ler: “Jesus entrou em Jericó, e atravessava a cidade. Havia ali um homem chamado Zaqueu, chefe dos publicanos, homem rico. Ele queria ver quem era Jesus, mas, sendo de pequena estatura, não o conseguia, por causa da multidão. Assim, correu adiante e subiu numa figueira brava para vê-lo, pois Jesus ia passar por ali. Quando Jesus chegou àquele lugar, olhou para cima e lhe disse: Zaqueu, desça depressa. Devo ficar em sua casa hoje. Então ele desceu rapidamente e o recebeu com alegria. Todo o povo viu isso e começou a murmurar: Ele se hospedou na casa de um pecador. Mas Zaqueu levantou-se e disse ao Senhor: Olha, Senhor! Estou dando a metade dos meus bens aos pobres; e se de alguém extorqui alguma coisa devolverei quatro vezes mais. Jesus lhe disse: Hoje houve salvação nesta casa! Porque este homem também é filho de Abraão. Pois o Filho do homem veio buscar e salvar o que estava perdido” (Lucas 19:1-10).
Zaqueu era um publicano, ou seja, um funcionário judeu a serviço do governo imperialista romano, que coletava impostos dos seus compatriotas judeus para encher os cofres do império romano, sendo que muitos publicanos extorquiam o povo, cobrando mais do que era realmente devido à Roma.
O texto declara que ele era o chefe dos publicanos e que era rico, pois na função de supervisor recebia o percentual de todo o imposto cobrado pelos outros publicanos a ele subordinados, e muito provavelmente algumas “comissões” adicionais.
Se um publicano já era alvo da aversão de toda a população judaica, sendo considerado traidor da pátria e pecador, que reputação teria o maioral dos publicanos? Era o caso de Zaqueu. Entretanto, aquele encontro com Jesus Cristo mudou por completo a sua vida. Ele se deparou com o próprio Deus em sua casa, frente a frente, em carne e osso. Reconheceu sua condição de pecador, confiando na Palavra e na Pessoa de Cristo. Ele não foi salvo porque deu aos pobres a metade dos seus bens, antes, foi salvo porque creu que Jesus, sendo Deus-Homem, podia perdoar todos os seus pecados e dar-lhe herança de vida eterna, já que “sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima precisa crer que ele existe e que recompensa àqueles que o buscam” (Hebreus 11:6).
O arrependimento expresso no desejo de restituição foi o sintoma imediato à fé genuína de Zaqueu. A partir daquele momento, aquele “caso” deixou de ser “perdido”, porque fora transformado pelo “Especialista, por excelência, em casos perdidos”, Jesus Cristo, o Filho de Deus. Admitamos ou não, a Palavra de Deus estabelece que “... todos se desviaram” (Romanos 3:12) e, por conseguinte, estão perdidos.
Você já reconheceu sua condição de perdido e buscou a Jesus Cristo para resgatá-lo da perdição eterna?



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