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Ele carregou a nossa culpa

  • Foto do escritor: Junior Romão
    Junior Romão
  • 29 de dez. de 2017
  • 3 min de leitura

A cena parecia grotesca. Um homem bem vestido e de feições severas postou-se parado numa esquina. Enquanto os pedestres corriam para os seus afazeres, ele solenemente levantava seu braço direito, apontava para a pessoa mais próxima a ele e, em voz alta, pronunciava uma única palavra: “Culpado!”


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Sem nenhuma outra expressão e sem sequer alterar o semblante, ele então voltava à posição inicial para, minutos depois, repetir o mesmo gesto. Se era uma mulher, ele bradava: “Culpada!”

O seu gesto causava um efeito quase perturbador nas pessoas que passavam. Elas ficavam olhando para o “acusador”, hesitavam momentaneamente, viravam-se, fitavam-no novamente, para então seguir seu caminho.

A estranha cena, narrada por Karl Menninger em seu livro “What ever became of sin (algo como “De que é feito o pecado”), ocorreu em um dia ensolarado de setembro de 1972, na esquina de uma agitada rua de Chicago. O homem parecia um louco, mas temos de admitir, ele era um louco dizendo a verdade.

Sem sombra de dúvida, todos aqueles para quem ele apontou eram realmente culpados. Isto porque o pecado é universal, posto que “todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Rm 3.23).

Mesmo que alguém se ache um pecador de pequena monta, ainda assim é culpado. E se alguém disser que não tem pecado, mesmo assim é culpado. Está escrito: “Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós” (1 Jo 1.8).

Alguém disse que a pior forma de insanidade é negar a culpa de alguém que vive no pecado e na descrença.

Foi para nos libertar do pecado e de todas as suas mazelas que Jesus veio à Terra. Foi por amor que Ele morreu na cruz, para pagar a pena que merecíamos, como está escrito: “Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos” (Is 53.6).

A morte reconciliadora de Jesus é uma verdade tão profunda que os estudiosos foram incapazes de analisá-la completamente. Mas como entender um gesto de amor supremo do próprio Filho de Deus ter morrido para pagar a pena por nossos pecados?!

Foi uma substituição: um homem inocente carregou os pecados de toda a humanidade. Mas como entender minimamente esse mistério?

O músico e pastor Cliff Barrows conta que certa feita dois de seus filhos fizeram algo errado. Embora tenham sido gentilmente repreendidos, tornaram a fazer a mesma coisa e precisaram ser disciplinados. O coração de pai amoroso de Cliff doeu ao pensar que teria de punir aqueles pequeninos que tanto amava.

Assim, chamou-os ao seu quarto, tirou o cinto e a camisa, e então, com as costas nuas, ajoelhou-se ao lado da cama. Ele falou para cada filho bater-lhe dez vezes com o cinto. Ah, como eles choraram! Mas a pena precisava ser paga. As crianças soluçavam enquanto batiam nas costas do próprio pai. Cliff os tomou num apertado abraço, beijou-os e então eles oraram juntos.

“Doeu”, ele recorda, “mas nunca mais precisei bater neles”.

Jesus foi chicoteado por todos nós. Ele tomou sobre Si os nossos pecados e carregou as nossas culpas.

Tudo o que precisamos fazer agora é aceitar pela fé o Seu perdão. E assim, o Seu amor inundará o nosso coração de uma paz que excede todo o entendimento (Fp 4.7).

Depois disso, num gesto recíproco de amor, poderemos devotar a Ele toda nossa vida, pois a culpa não é mais nossa; Ele a carregou definitivamente.

 
 
 

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