Alcolumbre obstrui sabatina de André Mendonça "apenas por ele ser evangélico"
- Junior Romão

- 16 de out. de 2021
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A obstrução causada pelo senador Davi Alcolumbre (DEM) à sabatina do pastor André Mendonça é vista pelo pastor Marco Feliciano (Republicanos-SP) como algo motivado por preconceito religioso.

A afirmação foi feita em um artigo publicado essa semana: “Quando um senador, de forma unilateral, joga para escanteio alguém como André Mendonça […] apenas por ele ser evangélico, demonstra uma horrenda perseguição religiosa, estranha aos nossos costumes de convivência pacífica com todas vertentes religiosas”.
Judeu, Alcolumbre é senador pelo Amapá e deverá concorrer à reeleição para o Senado em 2022. Feliciano acredita que é preciso uma mobilização do povo evangélico brasileiro para mudar a motivação do presidente da CCJ, onde é feita a sabatina dos indicados ao STF.
“Temos de formar um coro de 40 milhões de vozes evangélicas desse país para exigir André Mendonça na sabatina da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado federal, uma vez que a indicação dele à vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) foi feita há três meses”, argumentou o pastor.
“Já fizemos vários apelos. Contudo, ouvidos moucos não nos ouvem”, lamentou Feliciano, acrescentando que André Mendonça tem “um currículo impecável e notório saber jurídico, condições essenciais ao honroso cargo de ministro do STF”.

Essa semana, a CNN informou que Alcolumbre pretende segurar o agendamento da sabatina do pastor André Mendonça até 2023, ano que se inicia um novo mandato, tanto na presidência da República, quanto para um terço dos senadores.
“Qual seria o interesse do senador Alcolumbre, por quem temos um enorme respeito, ao procrastinar esse expediente que interessa a todo o Brasil e ao próprio STF (que necessita estar completo para agilizar seus julgamentos e evitar empates nas votações, o que, com 10 ministros, é inviável)?”, questionou.
Feliciano entende como “um acinte para com todo povo brasileiro” a possibilidade de Alcolumbre segurar a indicação de Mendonça por, no mínimo, mais 13 meses: “Será que foi criada a figura do superagente público que coloca todos de joelhos?”



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