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O que o sacrifício de Abraão ensina sobre a adoração

  • Foto do escritor: Junior Romão
    Junior Romão
  • 16 de abr. de 2019
  • 4 min de leitura

Qual é o bem mais valioso que você tem? É a casa que você levou uma vida para conquistar? É o carro que você pagou em trinta e seis prestações? É o smartphone sem o qual você não consegue viver? E quem é a pessoa mais valiosa na sua vida? É o seu filho, filha, pai, mãe, esposo ou esposa? Imagine o seu bem mais valioso, ou a pessoa mais importante pra você, e agora imagine que Deus peça que você lhe ofereça essa coisa ou pessoa em sacrifício a ele. Foi o que aconteceu com Abraão, quando Deus lhe pediu Isaque.

Todos os encontros de Abraão com Deus, até aquele momento, tinham sido maravilhosos. Da primeira vez, o Senhor tinha prometido abençoá-lo, sem exigir nada em troca. Em outra ocasião, o Senhor lhe tinha prometido um filho, por intermédio de sua esposa Sara, que era estéril. Por esta razão, quando o Senhor foi ter com Abraão, aquele dia, é provável que ele tenha pensado: “Qual é a benção de hoje?” Desta vez, contudo, o Senhor não estava ali para dar, mas para pedir. Deus lhe disse: “Tome seu filho, seu único filho, Isaque, a quem você ama, e vá para a região de Moriá. Sacrifique-o ali como holocausto num dos montes que lhe indicarei”.

Nas escrituras, há outras ocasiões com esta em que Deus parece bem cruel. Veja por exemplo, o episódio da oferta da viúva no templo. A bíblia diz que ela ofertou no templo todo o dinheiro que ela tinha pra sobreviver, e Jesus não a recriminou por isso, antes a elogiou. O que dizer da outra viúva, que teve que oferecer para o profeta a sua última refeição? Onde já se viu pedir o único filho de alguém em sacrifício? Onde já se viu aceitar de uma viúva tudo quanto ela possui para viver? Onde já se viu o Senhor pedir de nós o nosso bem mais precioso, ou a pessoa mais valiosa para nós?

Deus foi bem específico quando escolheu, como local para o sacrifício, um dos montes de Moriá, que ficava a três dias de distância de onde Abraão morava. Porque lá? Porque aquele era o lugar onde mais tarde seria construída o templo do Senhor, uma figura do templo que existe na Jerusalém celestial, o lugar onde o Senhor habita. João teve uma visão deste lugar, descrito no livro do Apocalipse. Ele viu vinte e quatro anciãos, com coroas nas suas cabeças, e os viu lançarem suas coroas diante do trono — A coroa era o Isaque daqueles anciãos. O Senhor estava convidando Abraão, para visitá-lo em sua casa, e para oferecer o seu sacrifício sobre o altar. O caminho de Abraão a Moriá simboliza a sua jornada até a presença de Deus, até o lugar onde o Senhor habita.

O Senhor estava mostrando, para Abraão, que o caminho para a sua presença exigia sacrifício, não um sacrifício qualquer, mas o sacrifício do seu único filho. Porque Isaque? Porque era o bem mais precioso de Abraão, a coisa que ele mais amava no mundo. Isto significa que, em seu altar, o Senhor só aceita o nosso melhor,nada menos do que isso. “Ninguém compareça diante de mim de mãos vazias”, disse o Senhor (Dt 16.16). E ainda: “Maldito seja o enganador que, tendo no rebanho um macho sem defeito, promete oferecê-lo e depois sacrifica um animal defeituoso”, diz o Senhor dos Exércitos; “pois eu sou um grande rei, e o meu nome é temido entre as nações” (Ml 1:14).

Por outro lado, não adianta você oferecer o seu melhor, se não o fizer com o espírito certo. Note que, antes de subir o monte de Deus, Abraão disse aos seus servos que estava indo lá para adorar. Isto é impressionante! Deus lhe havia pedido o seu filho em sacrifício, mas ele não estava subindo o monte para murmurar ou questionar. Abraão tinha um espírito adorador! Ele não ficou fazendo perguntas do tipo: Se Deus é bom, porque me pede algo cruel como o sacrifício do meu filho? Não, em nenhum momento ele duvidou do Senhor, nem da sua bondade. Ele conhecia o Deus que servia, e sabia que, de uma forma ou de outra, ele desceria daquele monte com o seu filho, nem que Deus tivesse que ressuscitá-lo. Ele disse aos seus servos: “Eu e o rapaz vamos até lá, e voltaremos.”A adoração reflete quem somos nós, e o que pensamos sobre Deus. Quer conhecer a sua fé, olhe para como você o adora.

Quando você oferece o seu melhor, para Deus, isto não é algo que você deva se gabar. Abraão não estava em busca de qualquer mérito para si, quando sacrificou o seu único filho. Ele sabia que, por mais importante que Isaque fosse para ele, o sacrifício dele não era suficiente para torná-lo aceitável diante de Deus. O seu melhor era como nada, perante o Senhor. Esta é a verdade: mesmo que você lhe ofereça tudo, ainda não terá lhe oferecido nada. “O Senhor proverá para si, o cordeiro para o sacrifício” disse Abraão ao seu filho, profeticamente. Ele acreditava que só Deus poderia prover para si um sacrifício aceitável. Abraão viu o dia de Cristo e se alegrou! Abraão deu o nome de “o Senhor proverá” para aquele lugar. Por isso até hoje se diz: “No monte do Senhor se proverá”. O monte do Senhor é o lugar da provisão! No monte do Senhor se provê o cordeiro santo para o sacrifício.

O que tornou Abraão aceitável perante Deus foi a sua fé, não o seu sacrifício, por isso a morte de Isaque não foi necessária. O caminho para presença do Senhor é a nossa fé no sacrifício de Jesus, pelo qual temos entrada no lugar santíssimo, onde o Senhor nos espera para o adorar. Todo o sacrifício que podemos oferecer, a partir de agora, é um sacrifício de gratidão ao Senhor. Quando sacrificamos o nosso melhor no altar do Senhor, devemos fazê-lo com o entendimento de que o nosso melhor é o mínimo que podemos oferecer. O nosso melhor é nada, perto do que o Senhor fez por nós, quando sacrificou o seu único filho para morrer em nosso lugar. Como diria Tiago, não foi Abraão justificado pelas obras quando ofereceu em sacrifício seu filho Isaque? A fé é aperfeiçoada pelas obras. A sua fé é do tamanho do seu sacrifício.

 
 
 

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